sábado, 9 de maio de 2009

Relato de experiencia


RELATO DE EXPERIENCIA

No budismo, relato de experiência significa compartilhar com os companheiros de prática e também com os convidados das reuniões que fazemos para apresentarmos o Budismo de Nitiren Daishonin, as nossas transformações através da prática budista. A transformação das circunstâncias de vida pela nossa oração principal que é o nam myoho rengue kyo.
Muitas pessoas querem uma religião para acabar com os sofrimentos da vida, mas isso não existe, a partir do momento que somos seres humanos, os obstáculos, as dificuldades, surgem infalivelmente. Mas, no budismo, aprendemos primeiramente, a causa do sofrimento inerente na vida de todo ser humano que são:- O nascimento
A doença
A velhice
E a morte
Através da nossa pratica, podemos amenizar os efeitos de causas cometidas por nós mesmos, pois no budismo não existe um Deus que pune (Deus quis assim) ou um Deus que dá (Se Deus quiser), nós somos responsáveis pelos nossos pensamentos, palavras e ações e recebemos o efeito deles infalivelmente.
Eu comecei minha busca espiritual aos doze anos de idade. O primeiro lugar que frequentei de forma voluntaria _ eu digo voluntaria, pois quando era criança fui levada à Igreja católica, porque é assim que acontecia com a maioria das famílias _ foi a umbanda, o toque do tambor mexia comigo,mas com o tempo, vi que minhas indagações não eram respondidas.Fui também na Seishonoie, frequentei por uns dois anos a Ordem Rosa e Cruz a qual gostei muito dos ensinamentos, aprendi muito, mas ainda assim ficava um vazio em minha alma no dia a dia.Depois fiz o curso básico na Gnose,que também foi muito gratificante.Caminhei por vários espaços esotéricos, fiz curso básico de Kabala, magia,fiz curso de Tarô, mas não me sentia bem quando o assunto era cobrar pela leitura, pois há uma frase na bíblia que diz: Daí de graça e recebeste de graça, e, a minha intuição era de graça, eu não pagava por ela e não seria justo cobrar por isto.Aprendi numerologia e achei muito interessante, pois a numerologia é algo racional através dos números do nome dá pra saber muitas coisas inclusive se a pessoa tem tendências a vicios, a homossexualidade, sexualidade, enfim, muitas coisas, porém, como transformá-las, na verdade, como erradicá-las,com estas informações, dá apenas para contorná-las ou evitá-las, mas não eliminá-las.Frequentei também o Circulo Esotérico da Comunhão do Pensamento o qual também foi muito produtivo para o meu crescimento espiritual.Li muitos livros como os do Trigueirinho,Lubsang Rampa, Eliphas Levi,alguns livros espíritas, etc.
Comeci a frequentar um centro espírita para me desenvolver, pois achei que minha missão era trabalhar para o próximo... Sentia um vazio em minha alma, é como se sempre algo estivesse faltando, mas vi que aquilo não me pertencia, foi aí que decidi que iria procurar um templo budista, se gostasse, iria abrir mão de tudo na vida e virar uma monja. Tudo é muito místico, por incrível que pareça, não consegui encontrar nenhum, o que eu encontrei foi o Budismo de Nitiren Daishonin. Já tinha ouvido falar antes, mas nunca me interessei. Em seis meses de pratica provisória eu já estava convertida, isso foi em 2000. O Budismo respondeu todas as minhas dúvidas de forma coerente e racional, me tirou do conformismo de que outras religiões ensinam como, por exemplo: Se você sofre é porque Deus assim quer e tem um propósito em sua vida ou ainda, é seu carma, você precisa passar por isso. No budismo também se fala em carma, mas a diferença é que, se o carma for muito pesado, nós podemos amenizá-lo e até mesmo erradicá-lo de nossa vida, e tudo através de uma única oração que é o NAM MYOHO RENGUE KYO. Eu tive a boa sorte de procurar o budismo pelo amor e não pela dor. O maior beneficio que a prática me deu, foi extrair de mim a coragem necessária para ter um filho. Sempre tive pavor de hospital, de injeção, imagina só se eu ia quere ter um filho e sentir toda aquela dor que as mulheres sentem?
E foi o que ocorreu, aos 40 anos de idade, decidi engravidar. Meu relacionamento não era lá grande coisa, Mas como ele é uma um ser humano muito bom, íntegro, trabalhador, decidi que ele seria um bom pai. Disse a ele que queria engravidar, mesmo que não ficássemos juntos eu queria ter um filho, pois tinha certeza de que ele seria um bom pai. Imagina só se ele queria... rsrsrs. Parei de tomar anticoncepcional, nós estávamos brigados, mas num dia, nos encontramos e saímos... E por incrível que pareça, foi neste exato momento que tive a certeza de que havia engravidao, foi muito estranho, é como se eu sentisse o óvulo ser fecundado, foi “mágico”. No final da geravidez pedi pra ele começar a dormir em casa pois se eu passasse mal, ele estaria ali bem perto pra me levar ao hospital.E assim ele fez e etamos juntos até hoje.Meu filho está com quatro anos.Ele é saudável, educado, inteligente e muito amado por todos.Pela minha idade, minha gravidez seria de risco, mas não foi. Não tive pressão alta, diabete e engordei apenas sete quilos. Não tinha convenio e tive meu filho num hospital público. Vi a boa sorte de fazer Daimoku neste momento, pois fiquei num quarto com mais duas mamães, as duas gemiam de dor, eu não senti nada, é claro que doía um pouco pra levantar e ir ao banheiro, mas nada insuportável. A enfermeira que cuidou de mim era ótima, mas a enfermeira que entrou pra cuidar da outra era estúpida e sem paciência. Fiquei sabendo que no quarto ao lado uma enfermeira ao dar banho num recém nascido destroncou seu braço, uma outra ao ir ao banheiro caiu, ouvimos o barulho mas ninguém deixou a gente saber de nada.Neste exato momento eu pude sentir a proteção dos deuses budistas.Tenho uma imensa gratidão pelas pessoas que um dia me apresentaram o budismo e aos três presidentes da SGI, pois sem eles este budismo não teria se propacagado principalmente ao atual presidente Sr. Daisaku Ikeda,Pois graças ao seu empenho o Budismo de Nitiren Daishonin está presente em 190 países e territórios.
Obrigada por permitirem que eu compartilhasse um pouquinho da minha trajetória de vida.
De coração a coração.

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