terça-feira, 5 de maio de 2009

Dez Estados de Vida (jikkai) - Conclusão



(Brasil Seikyo, edição nº 1620, 15/09/2001, página A6.)


Na escritura “Carta de Ano Novo”, Nitiren Daishonin afirma: “Considerando a questão de onde estão o inferno e o Buda, um sutra diz que o inferno está debaixo da terra, enquanto um outro diz que o Buda está no Oeste. Entretanto, uma análise mais cuidadosa revela que ambos existem em nosso próprio corpo. De fato, o inferno está no coração da pessoa que insulta seu pai ou desrespeita sua mãe. É como a semente de lótus que contém tanto a flor como o fruto. Da mesma forma, o Buda habita nosso coração. Por exemplo, a pederneira contém o potencial para produzir fogo e as jóias possuem um valor intrínseco. Nós, seres humanos, não enxergamos nem nossos próprios cílios, que estão tão próximos, nem o céu distante. Da mesma maneira, não conseguimos compreender que o Buda existe em nosso coração.” (As Escrituras de Nitiren Daishonin, vol. 1, pág. 413.)

Com a recitação do Nam-myoho-rengue-kyo e com a propagação do budismo, uma pessoa eleva cada vez mais sua condição de vida, fazendo com que o estado de Buda prevaleça e domine os demais estados, o que faz com que ela manifeste sabedoria para não ser arrastada pelas circunstâncias externas da vida.

Quando almejamos o estado de Buda e oramos Daimoku para esse fim, adquirimos energia vital e começamos a elevar o estado de vida que nos encontramos e vencemos os limites dos baixos estados, que nos prendem em nosso mau carma. Assim, elevamos a forma de encarar a vida e agimos com sabedoria no dia-a-dia. O que era complicado se torna fácil de ser resolvido. Em meio às situações insustentáveis, descobrimos meios ou surgem efeitos de causas do passado que decisivamente mudam as circunstâncias negativas de nossa vida. Com isso, comprovamos que “não há oração sem resposta” e “não existe beco sem saída” com a prática do budismo.

É infinitamente gratificante descobrir que o benefício não é “algo que vem de fora”, e sim está inerente em nossa vida. E a prática da fé possibilita sua manifestação.

O budismo baseia-se na convicção do potencial ilimitado inerente ao ser humano, que pode transformar tudo. Esse infinito potencial é chamado de estado de Buda. Almejar estados de vida mais elevados é libertar esse potencial. Por essa razão, praticar o budismo é a mais elevada causa que gera os mais elevados benefícios. Este é o motivo básico da recitação do Nam-myoho-rengue-kyo e o motivo de encorajar outras pessoas a fazerem o mesmo

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