terça-feira, 5 de maio de 2009

Vencer o estado de Ira determina a felicidade na vida




Pergunta: Muitas vezes, apesar de estarmos praticando o budismo, acabamos manifestando estados negativos de vida, como por exemplo o estado de Ira. Por quê?

Resposta: Logo que começamos a praticar o Budismo de Nitiren Daishonin, um dos primeiros princípios que aprendemos é Os Dez Estados da Vida, também conhecidos como Dez Mundos. Trata-se de uma teoria profunda e prática que esclarece, com simplicidade, as complicadas questões da vida.

Dentre Os Dez Estados da Vida, há os quatro inferiores, conhecidos como Os Quatro Maus Caminhos. O quarto deles é o estado de Ira, no qual as pessoas possuem consciência de seus atos, embora sem discernimento sobre certo e errado. Além disso, no estado de Ira, as pessoas preocupam-se apenas consigo mesmas, com seus próprios benefícios, pouco se importando com as demais e seus pontos de vista. São conduzidas pelo egoísmo e sentem-se superiores, derrubando outras.

No escrito “As Barragens da Fé” consta: “Há vários graus de calúnia. Mesmo entre as pessoas que abraçam o Sutra de Lótus, poucas são aquelas que o sustentam firmemente tanto na mente como na ação. Porém, aquelas que o mantêm com firmeza não sofrerão grave conseqüência, ainda que tenham cometido ofensas contra o budismo. A sólida fé expiará os efeitos tão seguramente quanto uma enchente extingue as chamas.”

Em nosso dia-a-dia, as maldades manifestam-se com a intenção de impedir nosso avanço. É como uma regra. Para todo esforço para frente há uma força contrária. Em tese, com base no ponto de vista do budismo, a vida é uma constante batalha contra essas maldades. Sendo assim, há muitas situações em nossa vida que decorrem destas manifestações, mas não percebemos que estamos sendo influenciados por elas.

Da mesma forma acontece com o estado de Ira. Mesmo exercitando a prática budista, muitas vezes não percebemos que estamos vivendo neste nível de vida. Por exemplo, uma pessoa que recita várias horas de Daimoku por dia, mas na primeira oportunidade não hesita em criticar ou mesmo ofender e agredir o outro. Ou aquela que também recita bastante Daimoku, participa ativamente nas atividades, mas vive em conflitos com outros, impondo seus pontos de vista ou não aceitando os dos outros.

O nosso estado de vida é conseqüência do acúmulo de atitudes positivas e negativas que realizamos ao longo da nossa vida. Ao mesmo tempo, influencia o modo de enxergarmos as coisas. Por exemplo, um acidente de carro pode ser resolvido por uma simples discussão e conseqüente entendimento. Entretanto, os envolvidos automaticamente optam pelo estado de Ira e tentam resolver o assunto com xingamentos, ofensas e até palavrões. Para quebrar este ciclo vicioso, é necessário uma prática verdadeiramente correta e uma firme determinação que seja capaz de elevar nosso estado de vida e atrair situações que nos estimulem a fazer cada vez mais causas positivas e não as negativas. Eis o que o presidente Ikeda afirma: “O nosso estado de espírito determina a nossa vida. A conseqüência de tudo o que realizamos — se seremos felizes ou miseráveis — é decididamente afetada pela nossa atitude básica.”
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