terça-feira, 5 de maio de 2009

Lei de Causa e Efeito (3)


Lei de Causa e Efeito (3)
(Brasil Seikyo, edição nº 1595, 17/03/2001, página 6.)


Uma vez que temos consciência de que tudo que vivemos no presente é resultados de nossas ações do passado, o que devemos fazer? Não podemos ficar numa posição passiva, pois isso não nos levará a lugar algum. Devemos começar a fazer causas positivas que superem as negativas para colhermos resultados positivos no futuro.

Na obra Nova Revolução Humana, o presidente Ikeda enfatiza: “O budismo expõe que se uma pessoa comete algum mal contra seu semelhante terá de trilhar o curso da infelicidade como resultado dos atos negativos do passado. Entretanto, este é apenas um aspecto dos ensinos budistas. Se a vida se restringisse apenas a isso, as pessoas teriam de viver em constante insegurança justamente por não conseguirem saber as causas negativas de existências passadas, tendo de carregar inclusive um grande complexo de culpa. Além disso, o destino seria algo previamente delineado e provocaria nas pessoas o desinteresse pela própria vida, tornando-se adeptas de um modo de vida passivo no qual a única preocupação seria a de não cometer nenhum mal. O Budismo de Nitiren Daishonin transcende o limite da concepção superficial de causa e efeito, de castigo e recompensa, e revela a natureza real da causalidade e a forma como recuperar o estado de pureza da vida existente desde o infinito passado. Isso significa que uma pessoa deve viver em prol do Kossen-rufu consciente de sua missão como Bodhissattva da Terra.” (NRH, vol. 1, pág. 197.)

O presidente Ikeda também escreveu: “O presidente Toda disse o seguinte: ‘Se nessa fria lei de causa e efeito estivesse encerrado todo o budismo, então teríamos de considerar nosso destino fixo e imutável. Seríamos impelidos a viver passiva e timidamente para não cometermos algum outro ato errôneo. Uma lei superficial não tem nada a ver conosco que vivemos nos Últimos Dias da Lei. Nós necessitamos de uma lei suprema que nos habilite ultrapassar as barreiras das causas e efeitos para evidenciar a natureza de Buda inata em nossa vida. Foi Nitiren Daishonin quem, respondendo a essa necessidade, estabeleceu a Lei para demolir o destino que continua desde existências passadas e assim reconstruí-lo melhor. Isto é, a recitação do Nam-myoho-rengue-kyo é a fórmula da mudança da vida para um destino melhor.’

“Nitiren Daishonin reformulou a limitada visão da lei de causa e efeito e elucidou a lei da causalidade mais fundamental que permeia as profundezas da vida humana.(...)

“Mesmo que não tenhamos acumulado boa sorte alguma no passado, a partir do momento em que tomamos fé no Gohonzon estaremos dotados da causa e efeito para o estado de Buda. Nesse instante seremos capazes de abrir a porta para um futuro de ilimitada boa sorte. A chave para essa porta é a singular palavra fé.

“Numa escritura consta: ‘A lei de causa e efeito é como flores e sementes. Suponhamos que alguém lance fogo em uma área de mil milhas de campo de capim seco. Ainda que a chama seja débil como a luz de um pirilampo, ela instantaneamente consumirá uma porção de capim, duas, dez, cem, mil e dez mil porções mais. Todas as plantas de uma área de dez ou vinte acres serão queimadas em questão de segundos.’ Conforme essa frase, ainda que uma fraca chama seja jogada em um campo de capim seco, o fogo rapidamente se espalhará por toda a área. Da mesma forma, a lei budista da causalidade promete-nos que se a nossa fé brilhar vigorosamente, nunca falharemos em obter o caminho para um grandioso futuro. É como a flor de lótus que floresce apresentando simultaneamente suas sementes. É por essa razão que a lei da flor de lótus é chamada de lei da simultaneidade de causa e efeito. Aqui se assenta a razão pela qual o budismo de Nitiren Daishonin é a mais grandiosa e suprema religião do mundo.” (Guia Prático do Budismo, págs. 4-5.)


Fontes de pesquisa: Terceira Civilização, edição no 369, maio de 1999, “Causa e efeito: A lei mais rigorosa da vida”. Guia Prático do Budismo.

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