quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A espada da fé para mudar a si



A espada da fé para mudar a si



Nitiren Daishonin descreve assim a batalha contra as forças demoníacas:
"O Demônio do Sexto Céu despertou suas dez forças e, em meio ao mar da vida e morte, lutou contra o praticante do Sutra de Lótus por este reino corrompido onde o iluminado e o não iluminado existem juntos, para ver quem venceria e quem perderia. Eu, Nitiren, nessa função, venho liderando as forças
Poderosas (do Buda) por vinte anos. Em todo esse tempo, nem uma única vez
retrocedi." (Gosho Zenshu, pág. 1.224.)



As dez forças demoníacas são forças do desejo mundano. Elas são chamadas:

1) Desejo - devotar-se aos cinco desejos e como resultado negligenciar a
Prática budista; 2) Melancolia - estar deprimido e com falta de entusiasmo;
3) Fome e sede - preocupar-se com esses desejos; 4) Súplica - cair vítima de
Desejos corporais, tais como o sexo, o álcool e os prazeres em geral; 5)
Sono - isto não significa que devemos desistir do sono. Refere-se antes a
Uma atitude de negligência e ociosidade na vida. Inclui-se o tipo de vida em
Que não se faz enérgicos e vigorosos esforços para desenvolver-se, mas
Apenas procura o caminho mais fácil possível; seis) Temor - sucumbir aos medos
E tornar-se um covarde; 7) Dúvida e arrependimento - criticar os praticantes
E semear as sementes da dúvida e arrependimento; 8) Ira - permitir que a
Prática torne-se obstruída por pensamentos irados; 9) Fortuna e fama -
Preocupar-se com benefícios materiais e reputação e distanciar-se do caminho
do estado de Buda devido a essas preocupações e 10) Arrogância e desdém - pensar ser superior aos outros e desprezá-los.


A arma com que podemos destruir essas forças demoníacas é a espada da fé. E somente as pessoas corajosas conseguem vencê-las. Por isso, Nitiren
Daishonin afirma: "Uma espada será inútil nas mãos de um covarde. A poderosa espada do Sutra de Lótus deve ser manejada por alguém
corajoso na fé.” (END, vol. 1, pág. 276.)

terça-feira, 8 de setembro de 2009


A beleza transitória
Há muito tempo, quando o Buda Sakyamuni se encontrava no Pico da Águia, havia uma cortesã chamada Lótus, na cidade de Rajagriha. Ela era mais bela do que qualquer outra mulher da cidade, e não parecia haver ninguém que pudesse se igualar à sua beleza. Todas as mulheres a invejavam e todos os homens a adoravam. Por tudo isso, um dia, Lótus concebeu um desejo de iluminação e decidiu segregar-se dos assuntos mundanos, tornando-se uma freira budista.

Ela partiu para o Pico da Águia para visitar o Buda Sakyamuni. No caminho sentiu sede e parou num riacho de águas límpidas. Quando estendeu suas mãos para a água, ficou impressionada com o reflexo de seu rosto na superfície e foi cativada pela sua própria beleza. Seus olhos claros, seu nariz afilado, os lábios vermelhos, as maçãs rosadas, os cabelos exuberantes e a perfeita harmonia de suas feições combinavam completamente, convencendo-a de que era extraordinariamente bela. Ela pensou: "Que mulher bonita sou eu! Por que pensei em querer deixar de lado este corpo belo e viver como uma freira budista? Não, não farei isto. Com uma beleza como a minha, tenho certeza de que encontrarei a felicidade. Que idéia tola a de me tornar uma asceta." Imediatamente, ela virou-se e começou a retornar, pelo mesmo caminho.

No Pico da Águia, o Buda Sakyamuni havia assistido Lótus durante o tempo todo. Ele achou que estava na hora de ajudá-la a desenvolver o desejo de iluminação. Utilizando-se de seus poderes ocultos, o Buda se transformou numa mulher extraordinariamente bela, muito mais ainda do que Lótus, e a esperou no caminho de Rajagriha.

Desconhecendo a intenção do Buda, Lótus, enquanto imaginava vários prazeres mundanos, encontrou uma mulher desconhecida muito bonita no sopé de uma montanha. Atraída pela sua beleza, Lótus dirigiu-se espontaneamente a ela: "Você deve ser estranha por aqui. Para onde está indo completamente sozinha? Você não tem marido, filhos, irmãos? O que uma mulher tão bonita está fazendo aqui totalmente só." A desconhecida respondeu: "Estou voltando para a cidade de Rajagriha. Sinto-me tão solitária caminhando o trajeto todo. Se não for inconveniente, poderia acompanhá-la?"

As duas mulheres logo se tornaram muito amigas e viajaram juntas pela colina. Quando passaram por um pequeno lago, decidiram descansar um pouco. Sentaram-se na grama e conversaram por algum tempo. Enquanto Lótus falava, a outra mulher repentinamente adormeceu, com sua cabeça sobre os joelhos de Lótus. No momento seguinte, sua respiração cessou. Diante do olhar aterrorizado de Lótus, o corpo da mulher começou a degenerar, exalando um odor cadavérico. O corpo inchava grotescamente, a pele se rompia e as entranhas saíam, logo sendo infestadas por vermes. O cabelo da mulher morta caiu de sua cabeça, seus dentes e sua língua se separaram de seu corpo. Era realmente uma visão odiosa.

Vendo essa fealdade apavorante diante de si, Lótus ficou pálida, pensando: "Mesmo uma beleza celestial é reduzida a isso quando morre. Não obstante o quão confiante eu era de minha beleza, não tenho meios para saber por quanto tempo irá durar. Oh! Como fui estúpida! Devo procurar o Buda e buscar a iluminação." Então, Lótus dirigiu-se novamente ao Pico da Águia.

Chegando à presença do Buda, Lótus se atirou diante dele e relatou-lhe o que havia acontecido a ela no caminho até lá. O Buda fitou-a com benevolência e pregou-lhe os quatro seguintes pontos:

1) Todas as pessoas envelhecem;

2) Mesmo um homem muito forte infalivelmente morrerá;

3) Não importando quanto a pessoa viva feliz com sua família ou amigos, o dia da separação certamente virá;

4) Ninguém pode levar sua riqueza para o mundo após a morte.

Lótus compreendeu imediatamente que a vida é efêmera e que somente a Lei é eterna. Ela se aproximou do Buda e pediu-lhe que a aceitasse como sua discípula. Quando o Buda lhe deu a sua permissão, seus abundantes cabelos pretos caíram no mesmo instante e sua aparência transformou-se completamente na de uma freira budista. Desse momento em diante, ela se devotou sinceramente à prática budista e atingiu eventualmente o estágio de arhat, sendo qualificada a receber os oferecimentos e o respeito das pessoas.

Fonte:
Terceira Civilização — Maio/1985

Parábola


A parábola da cítara
1 - O Buda Sakyamuni tinha um discípulo chamado Sona. De uma família muito rica, Sona era um jovem muito alegre inteligente. Após renunciar à vida secular, Sona dedicou-se com afinco à prática para atingir a iluminação. Sua busca ávida o levou a definhar, tanto que fcou irreconhecível.

2 - Apesar de seu itenso esforço, Sona não conseguia atingir seu objetivo Por isso, cada dia ele ficava mais triste e melancólico. Não conseguia entender o motivo de seu fracasso e isso o deixava agoniado.

Até que certo dia, o Buda foi visitá-lo.

Conhecendo a habilidade de Sona em tocar cítara, o Buda perguntou-lhe:

— Sona, você não pode produzir um bom som na cítara se apertar demais a corda, não é?

3 — Sim, é verdade mestre —respodeu-lhe Sona.

— E do mesmo modo, você não pode produzir um bom som se afrouxar demais a corda, não é?

— Está corretíssimo, mestre —concordou Sona.

4 — Então, o que você faria?—perguntou-lhe o Buda.

— Mestre, para extrair um bom som da cítara é preciso afinar as cordas apropriadamente. Não se deve afrouxá-las demais.

—Sona, não percebe que a prática do Caminho que eu prego é exatamente o mesmo? Se você exagerar em sua prática, forçará sua mente e ficará tenso. Mas se você relaxar sua mente demais, será derrotado pela preguiça. Como a cítara, você deve encontrar um equilíbrio na prática do Caminho. Assim Sona compreendeu que a prática da fé deve ser conduzido com bom senso e equilíbrio.

5 - Nesta parábola Sakyamuni ensina sobre o "Caminho do Meio". O Caminho do Meio é um princípio que se refere a visão correta da vida ensinada pelo Buda. É o caminho da ponderação, do bom senso e do equilíbrio.

Fonte:
TERCEIRA CIVILIZAÇÃO, EDIÇÃO Nº 408, PÁG. 12, AGOSTO DE 2002.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Do Islamismo ao Budismo


Há 1377 anos, em 8 de junho de 632, falecia Maomé, o fundador do Islamismo e profeta do Alcorão, livro sagrado da religião mulçumana. A sua morte provocou uma crise no mundo árabe, já que Maomé não deixou descendentes masculinos e não designou nenhum sucessor. Nesse dia, Abu-Bakr, foi eleito às pressas por alguns líderes árabes, o que acabou virando motivo de divisão entre os fieis.

Segundo historiadores, o Islamismo foi fundado no ano 570, o do nascimento de Maomé. Para os muçulmanos, Maomé foi precedido em seu papel de profeta por Jesus, Moisés, Davi, Jacob, Isaac, Ismael e Abraão. Como figura política, ele unificou várias tribos árabes, o que permitiu as conquistas árabes daquilo que viria a ser um império islâmico que se estendeu da Pérsia até à Península Ibérica.

Não é considerado pelos muçulmanos como um ser divino, mas sim, um ser humano; contudo, entre os fiéis, ele é visto como um dos mais perfeitos seres humanos.

Nascido em Meca, Maomé foi durante a primeira parte da sua vida um mercador que realizou extensas viagens no contexto do seu trabalho. Tinha por hábito retirar-se para orar e meditar nos montes perto de Meca. Os muçulmanos acreditam que em 610, quando Maomé tinha quarenta anos, enquanto realizava um desses retiros espirituais numa das cavernas do Monte Hira, foi visitado pelo anjo Gabriel que lhe ordenou que recitasse uns versos enviados por Deus, e comunicou que Deus o havia escolhido como o último profeta enviado à humanidade. Maomé deu ouvidos à mensagem do anjo e, após sua morte, estes versos foram reunidos e integrados no Alcorão, durante o califado de Abu Bakr.

Maomé não rejeitou completamente o judaísmo e o cristianismo, duas religiões monoteístas já conhecidas pelos árabes. Em vez disso, informou que tinha sido enviado por Deus para restaurar os ensinamentos originais destas religiões, que tinham sido corrompidos e esquecidos.

O Islamismo passou a ser, portanto a 3ª grande religião monoteísta, com base na teoria criacionista. Assim, as três religiões monoteístas mundiais passaram a ser o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo.

O monoteísmo é a crença na existência de apenas um só Deus. Diferente do politeísmo que conceitua a natureza de vários deuses, como também diferencia-se do henoteísmo por ser este a crença preferencial em um deus reconhecido entre muitos.

Paralelamente ao Judaísmo, surgiu no Século VI a.C. o Zoroastrismo. O zoroastrismo, também chamado de masdeísmo, matismo ou parsismo, é uma religião monoteísta fundada na antiga Pérsia pelo profeta Zaratustra, a quem os gregos chamavam de Zoroastro. É considerada como a primeira manifestação de um monoteísmo ético. De acordo com os historiadores da religião, algumas das suas concepções religiosas, como a crença no paraíso, na ressurreição, no juízo final e na vinda de um messias, viriam a influenciar o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.

O Editorial do Brasil Seikyo nº 1605, de 26 de maio de 2001, apresentou um texto com o título “Buda e Deus”. Vamos à sua releitura.

Geralmente, tudo que é diferente ao que as pessoas estão acostumadas é, a princípio, rejeitado ou visto com negatividade. O presidente Makiguti dizia: “Não julgue o desconhecido.” É isso o que acontece com o budismo. Devido o Brasil ter sua cultura arraigada na tradição cristã, o budismo, desconhecido pela maioria, é visto com reservas e muitas pessoas pensam que, por não falar em Deus, conforme a concepção que têm, não é uma religião correta, muito menos deve ser seguida.

Outro fator que ajuda a complicar é que, por existir muitas ramificações do budismo, os não-budistas acreditam que todos os tipos de budismo são iguais. Normalmente, os meios de comunicação fazem essa confusão, como aconteceu recentemente com uma revista de circulação nacional.

Algumas vezes, quando iniciamos um Chakubuku, de início somos questionados da seguinte forma: “Vocês acreditam em Deus?” Muitos de nós já viveram essa experiência, e por mais que tentemos explicar, a maioria das pessoas diz: “Mas eu não quero deixar o meu Deus!” Por isso, hoje, abordaremos esse ponto.

Inicialmente, é bom esclarecermos que Buda não é Deus. A palavra “buda” significa “o iluminado”. Ou seja, um Buda é aquele que se iluminou para a verdade da vida. “Ismo”, de budismo, é um sufixo que significa “doutrina, escola, teoria ou princípio artístico, filosófico, político ou religioso.” Cristianismo refere-se aos ensinos de Cristo e budismo, aos ensinos de Buda.

Segundo Bryan Wilson, uma das maiores autoridades em religião do Ocidente, o sentimento religioso surge para explicar o inexplicável - os fenômenos da natureza, que para as pessoas não têm uma explicação racional.

Assim, para o cristão, o “inexplicável”, ou os fenômenos do universo, é atribuído a Deus, que vive no céu e dita as regras da Terra. Ele criou todo o universo, o homem, o sol, a lua, as estrelas, as plantas, os animais etc. e possui imensa benevolência e compaixão pela humanidade. No entanto, as pessoas colocam Deus em dois extremos: por um lado Ele possui um amor incondicional para com as pessoas, por outro é um severo punidor e o sofrimento das pessoas é desígnio de Deus. Tanto é que todos conhecem as famosas frases: “Deus quis assim!”; “Esse é o destino que Deus me deu!” entre outros.

Nos ensinamentos budistas, os fenômenos são atribuídos a uma Lei que rege o universo. Essa Lei é denominada Nam-myoho-rengue-kyo.

Vamos abrir um parênteses aqui para explicar que Gohonzon também não é Deus. O Gohonzon é nosso objeto de devoção, diante do qual conseguimos concentrar nosso pensamento nessa Lei universal e fazer com que ela se manifeste profundamente em nossa vida.

Muitas vezes, por termos sido criados numa sociedade cristã em que aprendemos a atribuir tudo a Deus, acabamos nos expressando da seguinte forma: “Se o Gohonzon quiser!”, “Graças ao Gohonzon!”, “Vá com o Gohonzon!” e “Jogue nas mãos do Gohonzon”. Para nós, budistas, o ser humano possui um grande potencial por si só, pois ele faz parte do universo. Todas as suas conquistas estão arraigadas em sua determinação, esforço e sabedoria associados à fé na Lei Mística. Não existe alguém determinando sua condição de vida de felicidade ou sofrimento.

Segundo os ensinamentos budistas, tudo na vida é regido pela lei de causa e efeito existente no universo. Os sofrimentos e a felicidade existem na vida de cada pessoa e se manifestarão de acordo com a força positiva ou negativa que cada um carrega. Se a força negativa for mais poderosa - força essa criada pelas causas negativas acumuladas - a pessoa sofre. Do contrário, se a positiva for mais forte - gerada pelas causas positivas feitas pela própria pessoa -, ela é feliz. A Lei que rege o universo não é punitiva. Ela é justa, rigorosa e benevolente, pois cada pessoa colhe o que plantou..

O importante em cada religião é o respeito mútuo. Desconsiderar a existência de Deus para um cristão por sermos budistas é desrespeitar a pessoa e sua fé.

Na Nova Revolução Humana, o presidente Ikeda escreveu: “Para criar uma era de paz é necessário e imprescindível o diálogo entre os religiosos... É preciso iniciar o diálogo entre budistas e cristãos, budistas e judeus, budistas e islamitas. Mesmo que as convicções religiosas sejam diferentes, creio que todos acalentam o ideal comum de paz e felicidade da humanidade... Eu penso que as religiões, em vez de guerrearem entre si, deveriam disputar a corrida para o bem... uma disputa entre as religiões no contexto do que estão fazendo para o bem da paz, para o bem da humanidade. É uma corrida humanitária... que conduz tanto a si como os outros para a felicidade. Isto pode ser disputado de várias formas. Por exemplo, na criação de excelentes valores humanos que contribuam para a paz do mundo ou na promoção de movimentos que proporcionem coragem e esperança para as pessoas.” (Vol. 5, págs. 87–88..)



Com base nesses pontos, vamos estudar o budismo para que possamos defender nossa fé convictamente, sem, no entanto, desrespeitar a fé dos outros.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Saude e prática budista


A razão é um dos pontos fundamentais do budismo. Com relação à saúde, é um erro pensar que, pelo fato de ter fé no Gohonzon, pode descartar a necessidade de um médico ou de tratamentos. Esse modo de pensar contraria os ensinamentos do budismo.

Na carta "Transformação do carma determinado" (END, vol. 1, págs. 215–219), endereçada a Myojo, esposa de Toki Jonin, Nitiren Daishonin não somente explana a eficácia da prática budista para que ela vença sua doença, mas também recomenda que seja examinada por Shijo Kingo, que era médico. Em outras palavras, ele solicita-lhe que procure tratamento médico. Além disso, recomenda-lhe acumular boa sorte para que possa tomar medidas apropriadas e proteger sua vida.

O verdadeiro caminho da fé para uma pessoa acometida por uma doença é fortalecer a determinação de que recuperará a boa saúde e empreender ações sábias para esse objetivo. Em certo sentido, podemos dizer que praticamos o budismo justamente para enfrentar o momento mais difícil, como sofrer uma grave doença, com coragem e sabedoria. Esse é o momento de cada um provar sua verdadeira fé no budismo.

Em "Abertura dos Olhos", Nitiren adverte: "Eu e meus discípulos, mesmo que ocorram vários obstáculos e maldades, desde que não se crie a dúvida no coração, atingiremos naturalmente o estado de Buda. Não duvidem dos benefícios do Sutra de Lótus mesmo que não haja a proteção dos céus. Não lamentem a ausência de segurança e tranquilidade na vida presente. Embora tenha ensinado dia e noite aos meus discípulos, todos, criando a dúvida, abandonaram a fé. O que é costumeiro no tolo é esquecer nas horas cruciais o que prometera nas horas normais". (END, vol. 2, pág. 171.)




Os quatro sofrimentos da vida
O budismo expõe os quatro sofrimentos os quais ninguém pode evitar: nascimento, velhice, doença e morte. Assim, a doença ou a debilitação do corpo é uma condição que inevitavelmente ocorrerá na jornada da vida. Mas o budismo ensina a melhor forma de se viver, manifestando- se a sabedoria para manter boa saúde por meio da fé e acumulando-se a energia vital para vencer a doença. Esta aumenta a eficácia de um médico e dos remédios, que atuam como funções protetoras dos praticantes budistas.

Por outro lado, do ponto de vista budista, doença nem sempre é um fator negativo: o Sutra do Nirvana refere-se às pessoas que atingiram a iluminação ou a felicidade absoluta por meio da doença. Portanto, ela pode ser um fator positivo quando desperta as pessoas para a prática budista. O budismo considera ainda a doença como um trampolim ou uma força motivadora para a transformação do carma da doença, ensejando também a revolução humana.

Todos esses pontos levam somente a uma conclusão inevitável: realizar a prática budista com constância, doente ou não, é o imutável caminho de um genuíno praticante budista.

Budismo e Trabalho


Trabalho e prática budista
BS - 23 DE MAIO DE 2009 — EDIÇÃO Nº 1988


Todos sabem que o trabalho e a renda dele obtida são fatores que participam do bem-estar familiar. Contudo, por mais que alguém demonstre ser um brilhante profissional, se perder de vista os propósitos da prática budista e romper os laços de companheirismo na organização, poderá se afogar no mar dos seis caminhos inferiores da vida.

A palavra "trabalho", em japonês, originou-se do significado de "proporcionar conforto" às pessoas e à sociedade no seu todo. Portanto, no budismo, o espírito de trabalhar associa-se ao modo de vida de um bodhisattva. Seja qual for o trabalho ou a profissão, cada um deve cultivar o sentimento de servir às pessoas e à sociedade por meio de sua atuação. Sem essa disposição, mesmo que seja um brilhante profissional, seu coração ainda será pequeno.

Entre os membros, pode haver aqueles realmente ocupados com o trabalho e os compromissos profissionais, além de ter de cuidar dos familiares e dos afazeres domésticos. Entretanto, os companheiros da SGI não devem seguir um curso de vida de se afastar do grandioso ideal do Kossen-rufu, fechando assim seus olhos para a realidade da sociedade e do mundo.

A vitória ou a derrota na vida diária é decidida logo de manhã. Atrasar-se para o trabalho já é uma derrota. Algo em comum nas pessoas que tiveram uma grande derrota no trabalho ou em outros aspectos da vida é a negligência na prática do Gongyo da manhã, sempre com alguma justificativa para não recitá-lo.

sábado, 23 de maio de 2009

Dinheiro

A difícil arte de lidar com o dinheiro
via Estado de Buda - Atinja também o seu em 22/05/09


Certa vez uma jovem perguntou ao presidente Ikeda quais qualidades as mulheres e os homens deveriam procurar em seus parceiros. E um dos itens válidos para ambos os sexos é saber lidar com o dinheiro.

Uma pessoa pode passar por dificuldades no presente, mas se souber administrar bem suas finanças, poderá construir algo no futuro. Do contrário, sempre enfrentará dificuldades ao longo da vida.

Quando jovem, o presidente Ikeda tinha dificuldade em economizar e seu mestre, Jossei Toda, o repreendia constantemente. Ele conseguiu vencer essa tendência de sua vida e evitou futuros problemas quando constituiu uma família.